Com mais de 30 anos de carreira na televisão brasileira, Viviane Romanelli se reinventou — sem perder a essência. Seu carisma, espontaneidade e leveza conquistaram o público nas manhãs do Shoptime e continuam cativando corações agora em um novo cenário: os Estados Unidos.
Nesta edição especial da Amora Conecta, Viviane abre o jogo sobre os bastidores da transição entre países, a força que precisou reunir após perdas profundas, sua paixão pelo entretenimento e o novo papel que a emociona mais do que qualquer outro: o de avó.
Com a voz de quem viveu — e continua vivendo — com intensidade e verdade, ela compartilha reflexões sobre comunicação, maturidade, autenticidade e o que realmente importa quando as luzes se apagam.
Prepare-se para uma conversa leve, profunda e inspiradora com uma mulher que é puro brilho, por dentro e por fora.
Você construiu uma carreira sólida e carismática na TV brasileira e agora vive um novo capítulo na TV americana. Qual foi o maior desafio ou desapego que essa transição te exigiu como mulher e comunicadora?
Viviane: Acho que o maior desapego é deixar o Brasil — suas coisas, seus amigos, sua casa. E o desafio é pisar no solo americano e começar a construir seu nome do zero. É como se você já tivesse uma carreira consolidada no Brasil e, de repente, estivesse começando do início em outro país. Não é fácil, mas é muito desafiador e gratificante.
Você já passou por várias fases na televisão: do ao vivo ao roteirizado, do culinário ao jornalístico. Em qual formato você mais se redescobriu e por quê?
Viviane: Ah, essa é fácil! A minha praia é o entretenimento. Amo o que faço hoje no “Breaking Fast”, que é um programa de culinária. Sou formada em jornalismo, mas não é o que me encanta. A minha vibe sempre foi o entretenimento, a leveza, a alegria.



Depois de tantos anos na televisão tradicional, o que mudou na sua forma de comunicar com a chegada das redes sociais e das novas tecnologias? Como você equilibra autenticidade e relevância nesse novo cenário?
Viviane: Eu sempre fui muito eu. Sempre fui autêntica, até mesmo inovadora. Lembro de uma conversa com a Fernandinha Gentil, que me disse que se inspirava em mim pra seguir a carreira dela. Isso me marcou. Com as redes sociais, continuo sendo quem eu sou. Não vejo muita diferença, porque a minha essência sempre falou mais alto — na TV e agora nas plataformas digitais.
Vivemos uma era em que todos querem viralizar. O que você, que vem da raiz da comunicação, acredita que nunca deveria sair de moda quando se trata de impactar pessoas?
Viviane: Essa busca pelo viral, às vezes, parece uma obsessão. Tem gente que faz qualquer coisa por um like. Eu não sou assim. Não sou a favor da fama a qualquer custo. Prefiro seguir meu caminho com verdade, sendo espontânea e sincera. Quando sou eu mesma, as visualizações vêm — sem forçar nada.
Como comunicadora experiente, o que você considera ser a maior responsabilidade de quem fala com a comunidade imigrante em um país estrangeiro?
Viviane: Falar a verdade. Simples assim. Estamos em um país que não é o nosso, mas falando com a nossa comunidade. E o que a nossa gente precisa é de verdade, de autenticidade. A responsabilidade é ser real, ser transparente sempre.

Você representa com muita autenticidade as mulheres que seguem se reinventando depois dos 40. Em um mundo tão obcecado pela juventude, o que você acredita que só a maturidade pode ensinar?
Viviane: Equilíbrio. As pessoas estão em busca de um ideal inalcançável: o corpo perfeito, a juventude eterna. Eu não sou contra procedimentos, mas tudo com equilíbrio. A gente pode se reinventar com hábitos saudáveis, com alegria de viver, sem exageros. Maturidade ensina a curtir a vida com mais sabedoria.
Muita gente te conhece pelo seu sorriso, leveza e espontaneidade na frente das câmeras. Mas, por trás das luzes, qual momento da sua jornada mais te exigiu força emocional para continuar sorrindo?
Viviane: Foi quando estreei um programa na TV Aparecida, em dezembro. Um mês antes, perdi minha mãe. Aquilo foi muito difícil. Ela precisava estar ali. Mas eu me vesti de força, fui trabalhar, sorri. No final, desabei, claro. Mas fiz aquele programa pra ela. Porque foi isso que aprendi com meus pais: a viver com alegria, a seguir em frente mesmo na dor. Eu trouxe isso pra minha filha também. A leveza. A força.
Você acredita que teve bons mentores nessa sua jornada?
Viviane: Com certeza. Minha família foi minha grande inspiração. E, na TV, tive a honra de conhecer e me inspirar em dois gigantes: Silvio Santos e Hebe Camargo. São meus ídolos na comunicação. Mas o que me impulsiona mesmo é ver a garra da minha família — meus pais, meu marido, minha filha. Eles são minha base, meu motor.
Viviane por Viviane: quem é a mulher por trás das câmeras hoje — e o que ela ainda sonha em comunicar ao mundo?
Viviane: Hoje, sou avó — e isso é maravilhoso. Larguei muita coisa no Brasil, mas estou vivendo algo incrível aqui. Estou ao lado da minha filha, dos meus netos, Helena e Nicolas. Eles são minha razão de viver. Acordar com um “Vovó, eu te amo” não tem preço. E, ao mesmo tempo, acredito profundamente nesse projeto da TV Connect USA. Sinto que estou exatamente onde deveria estar: entre a minha missão e o meu coração.
Viviane Romanelli foi capa da nossa revista Amora Conecta do mes de Julho/2025, confira a edição completa clicando aqui